Esta tarde assistimos em Portugal ao que já se vinha a antever há vários dias, a esquerda parlamentar rejeitou o programa de Governo apresentado pelo XX Governo constitucional.
Uma lamentável decisão por parte dos deputados, em especial pelos do Partido Socialista que arrastados pelo seu derrotado líder o Dr. António Costa votaram a favor da rejeição do dito programa. Sendo constitucional a formação de um Governo com base em quaisquer partidos, o Partido Socialista ilegitimamente depois de ter sido derrotado nas eleições legislativas do dia 4 de Outubro decidiu fazer um "golpe de estado" com recurso à "secretaria", virando as costas a todos os seus eleitores e desrespeitando todos os que com maioria relativa elegeram a coligação PSD+CDS para formar Governo como vencedores claros das eleições. A irresponsabilidade do Partido Socialista é gigantesca, deixa a incerteza quanto ao Futuro do país e de muitos portugueses, uma péssima imagem de Portugal no estrangeiro e o grande receio por parte de instituições internacionais com as quais Portugal coopera. A associação do Partido Socialista com os extremistas de esquerda do PCP, PEV e do Bloco de Esquerda que tanto nos seus programas eleitorais como nos últimos anos foram e têm sido contra o tratado orçamental, a permanência de Portugal no euro, na NATO entre outras coisas, que em tudo vão contra as ideologias que sempre o Partido Socialista tem adoptado, só indica a maior das irresponsabilidades por parte deste e a sede de poder com mistura de um disfarce da grande derrota que o Dr. António Costa teve. Se o Partido Socialista diz que pretende estabilidade, não vejo de que forma é que um hipotético Governo seu com apoio parlamentar com base em 3 acordos distintos possa ser alguma vez estável ou duradouro.
É tempo agora de esperar pela decisão de sua excelência o Sr. Presidente da República que, espero, possa de certa forma devolver ao povo a decisão sobre quem quer verdadeiramente ver e ter a governar Portugal na próxima legislatura, pois a democracia reside em primeiro lugar no povo e não em jogos infantis de política.